Publicado em 17 de maio de 2022
Quando se fala em gestão é necessário diferenciar as ações de filantropia e caridade de uma instituição, daquelas que, de fato, representam uma política de responsabilidade social. De maneira geral, pode-se dizer que as ações de filantropia são pontuais e as de responsabilidade social envolvem estratégias e políticas de uma organização.
Isso não significa dizer que as ações de caridade e filantropia não sejam importantes, pelo contrário, iniciativas individuais e comunitárias são fundamentais para o socorro dos mais necessitados e imprescindíveis em momentos de comoção inesperada.
Imagine, por exemplo, os casos de catástrofes climáticas, como furacões, terremotos, enchentes, tsunamis. As comunidades arrasadas, famílias desabrigadas, pessoas que perdem tudo de uma hora para outra, precisam de socorro emergencial, que, normalmente, vem de ações pontuais, mobilizações sociais rápidas e articulações entre pessoas, ou seja, estão muito mais próximas de ações de caridade do que de responsabilidade social.
Uma das diferenças importantes entre filantropia e responsabilidade social é o fato de que as ações filantrópicas não objetivam retorno para a pessoa ou mesmo para a empresa. Por isso, também são chamadas de ações altruístas, já que representam a solidariedade, com pessoas que ajudam seus semelhantes sem esperar nada em troca. Já as ações de responsabilidade social proporcionam maior contribuição das empresas em relação a questões sociais, ambientais, éticas e trabalhistas existentes, bem como, uma postura de maior responsabilidade pelos impactos que geram.
Assim, por exemplo, quem doa um agasalho que não usaria mais está fazendo caridade e não uma prática de responsabilidade social. A responsabilidade social implica em ir um pouco além, tenta não apenas dar agasalho uma vez, mas sim dar agasalho para sempre. Isto é, ensinar ao indivíduo uma profissão ou uma atividade digna que permita que a médio e longo prazo ele possa comprar um agasalho novo do jeito, cor e preço que ele quiser. Desta forma, não damos o peixe, mas entregamos a rede para que o indivíduo "pesque por si mesmo", isto é, oferecem-se oportunidades para a pessoa crescer por si mesma, sentir-se útil e valorizada pela sociedade e eliminar a situação anterior de dependência econômica e social.
Portanto, quando você exercita tanto a responsabilidade social quanto a caridade no seu dia a dia, por meio de atitudes que tragam benefícios aos outros ou ao ambiente ao seu redor, você acaba aprimorando sua sensibilidade e sua empatia em relação ao mundo. Toda experiência que “foge” de nossa realidade ou rotina gera um aprendizado imenso, e isso é muito valioso!
E você, já realizou sua ação em 2022? Com a chegada do outono, as temperaturas já começam a cair, e que tal contribuir com a campanha do agasalho da sua localidade, ajudando os mais necessitados?
Acompanhe nossas postagens e saiba mais sobre Gestão de Excelência.